Ainda não sabemos quando as escolas do estado do Rio Grande do Norte serão autorizadas a reabrirem suas portas para as atividades letivas presenciais. A Educação é uma das áreas mais afetadas com a pandemia do novo coronavírus, basta pensarmos que são meses de aulas suspensas.
Diante da certeza de que, provavelmente, o retorno às escolas ainda ocorrerá sem que toda população tenha sido imunizada, profissionais da educação, pais, mães e até alguns jovens, têm expressado preocupações com os riscos de contaminação aos quais serão expostos. Urge, portanto, que os sistemas de ensino construam as respostas que reponham a tranquilidade: qual é o planejamento e quais foram as ações já executadas para conter os riscos de contágio nas escolas? Como será garantido que as escolas estarão com suas equipes completas, tendo em vista os profissionais que integram o grupo de risco? Qual será a estratégia para promover o nivelamento das aprendizagens de todos? Não queremos crer que a improvisação ainda tenha espaço na educação potiguar. Por isso mesmo, o IDE apresentou suas contribuições em documento remetido às autoridades do setor.
Receamos que, aqui e acolá, o retorno aconteça e, só então, alguém se lembre de que carecia ter preparado as unidades de ensino para receberem os profissionais e os estudantes em segurança.
Dos 10 pontos que sugerimos para serem observados com a devida antecedência, destacamos: elaboração de um protocolo de prevenção; preparação de uma estratégia de marketing para ser usada em campanha publicitária educativa; revisão das condições dos prédios escolares, favorecendo o acesso às pias; garantia de máscaras e protetores faciais para os estudantes e profissionais e a desinfecção periódica dos prédios escolares; restrição do uso de bebedouros ao reabastecimento de garrafinhas individuais; reestruturar horários de intervalos, de entrada e saída; avaliação diagnóstica; composição de uma programação com atividades presenciais e atividades orientadas para serem realizadas em casa, por ser apropriado que no primeiro mês cada turma seja subdividida em dois grupos, e os grupos orientados para que estejam presentes à escola em dias alternados, evitando aglomerações; normatização de uma modelagem que valide o cumprimento de um currículo essencial para o ano letivo de 2020, cumprido em seis meses, e o ano letivo de 2021 em oito meses; por fim, manter o ensino remoto quando o estudante ou algum familiar tenha comorbidades.
O contexto é desafiador. Ele carece que redirecionemos os olhares, as energias, os talentos e os recursos financeiros para viabilizar a Educação, quando do retorno às atividades letivas presenciais.
De fato, professora, a educação sofreu impacto negativo na maioria dos estados brasileiros.
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Diria que em todo país.
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