O mote “Mais Brasil, Menos Brasília”, por sinal bastante pertinente, foi disseminado pelo Presidente da República Jair Bolsonaro, desde os tempos da campanha eleitoral que o fez vitorioso para ocupar o mais alto posto da república.
Não me apetece, aqui, recuperar fatos oportunos e inoportunos, datados do último ano, que, contraditoriamente, alguns denotam a enorme capacidade de o presidente, seus familiares e alguns auxiliares atraírem as atenções do Brasil para Brasília. Não é raro o foco sair das ações promotoras do bem comum, em nome de temas rasos, por vezes vexatórios.
De norte a sul do país vivem os brasileiros, 80% deles ávidos por políticas públicas e serviços eficientes, capazes de diminuir as desigualdades sociais que estratificam e confere condição de pobreza à maioria. Nunca foi tão necessário “Mais Brasil, Menos Brasilia”, mais trabalho e menos palanque. Até mesmo o exército de opositores do presidente e os veículos de comunicação poderiam se ocupar de mais debates sobre os temas caros ao país e menos sobre o “jeito Bolsonaro de ser”, ou sobre ideologias de direita e esquerda, lados do bem e do mal, entre outras pequeninas questões.
A educação é uma das áreas mais carenciadas da nação e a de maior potencial para gerar desenvolvimento. Há décadas, para não dizer desde sempre, o Ministério da Educação patina sem rumo, imerso num amontoado de programas com recursos destinados às secretarias dos estados, dos municípios e até mesmo às escolas, sem vinculação a resultados de aprendizagens dos estudantes. O país instituiu o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (SAEB), o Bolsa Família, criou o ENEM, o SISU, o Fundeb, o Piso Salário do Magistério, entregou a BNCC, mas permanece refém dele próprio, não avança. O Brasil além de ser um estado pesado, construiu uma cultura estagnadora, paternalista e clientelista.
Num cenário de conflitos, ultimamente têm merecido mais debate os pronunciamentos públicos do Ministro da Educação, sobre temas periféricos, do que as políticas educacionais importantes que se perderam ou aquelas que sequer foram planejadas. Nunca foi tão pertinente pensarmos sobre a relevância do mote “Mais Educação, Menos Polêmicas”.
Tenho a sensação que “o Brasil” anda a pensar em política partidária 24 horas/dia não sobrando espaço para a entrada do bom senso.
Parabéns pelo significativo texto. Muito pertinente para o momento atual: tudo girando em torno das próximas eleições. Os problemas da população continuam em segundo plano e o povo sendo iludido com promessas. Até quando? Acorda, povo brasileiro!!!!
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Pois é, sua análise foi perfeita. Desse jeito.
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