Acompanho, preocupada, alguns temas periféricos a contaminarem o debate educacional no Brasil. É fato!
O país assiste a uma espécie de “guerra ideológica”, protagonizada por grupos movidos por interesses políticos-partidários. É dessa forma que chega à população, posicionamentos com forte tratamento midiático, de parte a parte, sobre aquilo que menos ou que em nada impacta no âmago da questão educacional.
Importa sabermos sobre políticas públicas robustas para garantir as aprendizagens de crianças e jovens.
A educação básica é de longe o nosso principal desafio e requer que a União divida mais responsabilidades com estados e municípios, que são os entes que, verdadeiramente, universalizam o acesso à escola, sem selecionar ou classificar estudantes, à luz de critérios que excluem aqueles de repertórios mais limitados.
Não vamos esquecer que nos últimos anos avanços importantes aconteceram: a obrigatoriedade de oferta e ingresso à escola a partir dos 4 anos de idade, o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC), o aperfeiçoamento do Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB), o ENEM, o SISU, o FIES, o FUNDEB, o Piso Salarial Nacional do Magistério, a Base Nacional Comum Curricular, a Reforma do Ensino Médio, contemplando a flexibilização do currículo e a educação profissional, apenas para citar alguns exemplos.
É chegado o momento de sermos mais rigorosos, essencialmente, no processo de qualificação da gestão escolar, de modo que as unidades de ensino funcionem com foco na aprendizagem e apresentem resultados. Para isso, urge que se invista na infraestrutura e condições didático-pedagógicas, na formação e carreira dos professores.
O resto, senhor Ministro, creia: é perfumaria. Nunca na história do Brasil as pedagogias construtivistas, sócio-interacionistas, libertadoras ou libertárias foram hegemônicas na escola básica. E isso por uma razão muito simples: o país é gigante demais para se pretender governança sobre um “exército” de professores que todos os dias habitam milhares de salas de aula. Fará muito bem ao Brasil se conseguirmos garantir que em todos esses espaços a aprendizagem aconteça.
Parabéns pelo artigo.
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Obrigada!
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Isso mesmo, Cláudia. Concordo muito com seu ponto de vista. Parabéns pelo texto.
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É muito bom saber dessa convergência.
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Gosto! Simples assim.
Clareza, foco e discernimento.
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A proposta aqui é essa: textos objetivos.
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Gratidão, minha amiga, por não te manteres no obsceno silêncio dos pedagogos, que não reagem aos desmandos ministeriais.
Mas é preciso ir mais fundo…. ao âmago da questão.
Acolhe o meu fraterno abraço.
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Difícil silenciar.
Aprofundemos!
Grande abraço.
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