Esta semana será das mais importantes para o “Povo do Livro e da Leitura”. É aguardado que chegue ao Congresso Nacional o projeto de lei que institui a “Política Nacional de Leitura e Escrita”, protocolado pela Presidência da República ou pela Frente Parlamentar em Defesa do Livro e da Leitura.

De um jeito ou de outro – de Norte a Sul do país – a expectativa é que corresponda o esforço de institucionalização do Plano Nacional do Livro e da Leitura (PNLL). Tal política de Estado será o coroamento à dedicação de muitos que, há anos, atuam na promoção da leitura, a partir, sobretudo, do protagonismo das bibliotecas (escolares, comunitárias, públicas, especializadas, acadêmicas). Esses espaços, quando vivos, são reconhecidos pelo potencial de democratização do acesso ao livro.

A semana será de votação decisiva para o país, é verdade! Não sou de desanimar muito fácil. Porém, custo a acreditar que o pleito do Conselho Diretivo do PNLL seja atendido no prazo estabelecido: 10 de maio. Caso não se concretize a contento, não terá sido por falta de apelos e articulações. Pensemos no valor atribuído à leitura.

O Manifesto por um Rio Grande do Norte de Leitores, lançado no ano de 2010, reforça a relevância das políticas de estado para a área: “A leitura é um direito de qualquer cidadão, uma atitude de democracia que promove a emancipação pessoal e social, que estabelece hoje um novo horizonte para sonharmos outros sonhos possíveis. Postergá-la para amanhã implica, tão somente, acomodar o verbo que pulsa na consciência, requisitando expressão.”

Os documentos oficiais, programas, materiais de formação dos professores e outros agentes mediadores de leitura, bem como a legislação, se consubstanciam na concepção de que ler é uma prática social e, ao mesmo tempo, ato dialógico pessoal. Ao ler, o leitor produz sentidos e, amalgamado pelo contexto em que vive, pela sua história e experiências, constrói a realidade, na relação com o texto e com os outros. Isso posto, embora se configure como tarefa das mais desafiadoras, as políticas públicas de promoção da leitura, do livro e da biblioteca precisam ser prioritárias e contribuir para o desenvolvimento de uma relação positiva das crianças, dos jovens e adultos com o texto escrito, independentemente do suporte.

Urge que, brevemente, seja aprovada a política de estado almejada e que faça eco junto à sociedade, por meio dos planos nacional, estaduais e municipais do livro e da leitura, convergindo os compromissos do poder público, da iniciativa privada e de toda sociedade.

Artigo publicado em maio de 2016.

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